Cinema em casa parte 1: Under the shadow

A correria diária afeta até os momentos de lazer da nossa vida... Que trash!

O "cinema lá em casa" ficou bem prejudicado nos últimos meses, mas, aos poucos, Fausto e eu estamos recuperando o pedaço.

Neste final de semana, por exemplo, começamos a apreciar os melhores filmes de terror de 2016. Como toda seleção, nem sempre o rótulo atende; mas creio que listagens são válidas e dão uma mãozinha legal na hora de escolher o que assistir.

O primeiro que assistimos foi Under the shadow, filme de terror iraniano dirigido por Babak Anvari.

A história se desenrola em Teerã, nos idos de 1988, em plena guerra Irã - Iraque. Shideh tenta retomar seu curso de Medicina, interrompido no início da guerra para ativismo, mas tem a reintegração negada. Detonada, retorna para seu apartamento, onde vive com seu marido, Iraj, e sua filha, Dorsa. Em meio à frustração, recebe do marido a arrasadora notícia de que ele - médico - deveria cumprir dever com a pátria e deslocar-se para outra cidade. Iraj ainda tenta convencê-la a ir para a casa da mãe dele até seu retorno, mas ela se nega terminantemente. 

Dias depois, um míssil cai no prédio onde elas moravam, sem explodir, mas causando pavor e a morte de um dos moradores. Alguns abandonam o local. Simultaneamente, estranhos acontecimentos, pesadelos e visões começam a atormentar mãe e filha. Os responsáveis seriam os djins*, conforme Dorsa afirma à mãe. Esta, porém, racional, recusa-se a crer nesta possibilidade.

Entretanto, fenômenos bizarros intensificam-se, jogando uma contra a outra, apesar de todo o esforço de Shideh para proteger a filha. Após a família do senhorio abandonar o prédio, deixando as duas sozinhas, Shideh decide abandonar o apartamento, convencida de que algo sobrenatural havia se instalado no lugar. Porém, Dorsa recusa-se terminantemente a deixar o local sem sua querida boneca. As duas permanecem até que a boneca é encontrada, em situação suspeitíssima, em localização improvável.

Após conseguir escapar dos espectros, Shideh acredita ter-se livrado da influência maligna trazida pelos ventos a sua morada. Infelizmente, porém, ela não havia percebido que os laços não tinham sido, de fato, rompidos após o abandono do sombrio lugar...

A película tem bons momentos de terror, com cenas rápidas que garantem os sustos e aparições de arrepiar os mais incrédulos. A trama é consistente, pensada em um contexto peculiar e o final, bem bolado. Há uma cena com tecido que achamos dispensável; longa e inócua. Ainda assim, recomendo. Pode preparar a pipoca!

*Djin: traduzido como gênio, indica, na religião pré-islâmica e muçulmana, uma entidade sobrenatural do mundo intermediário entre o angélico e o humano, que pode ser associada ao bem ou ao mal, que rege o destino de alguém ou de um lugar; embora sejam também descritos de um modo inteiramente virtuoso e protetor. (Wikipedia)

 
 




 

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