É...


Hoje, sentadinha na mesa de dois lugares do restaurante em que costumo almoçar, ouvi algo curioso.

Pai e filho alojam-se em uma mesa. O pai sai para preparar o prato do filho. Ao retornar, insiste que o filho coma direitinho. Eu estava de costas para eles, mas, pelo jeito, ele não queria comer. O pai ameaça levá-lo ao hospital para tomar injeções e soro na veia. Nada.

 O pai insiste.

Então, gloriosamente, ouço o menino dizer: "Eu não sou mais carnívoro...". O pai, inflexível, diz que o menino devia comer a carninha e, quando crescesse, decidiria se seria ou não carnívoro. A decisão, naquele momento, não lhe cabia.

Passado um pouco, o pai sai para preparar a própria refeição e adverte o menino de que, ao voltar, queria ver pelo menos metade do prato vazio.

Levanto-me, esperançosa de ver o protorrebelde separando os pedaços de carne e comendo o restante. Decepção. Eis que ele come tudo, calmamente, obedientemente.

É... 

Tomara que, quando for adulto, tome a decisão eticamente correta. Tomara!

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