A raposa e as uvas
Certa raposa matreira,
que andava à toa e faminta,
ao passar por uma quinta,
viu no alto da parreira
um cacho de uvas maduras,
sumarentas e vermelhas.
Ah, se as pudesse tragar!
Mas lá naquelas alturas
não as podia alcançar.
Então falou despeitada:
__ Estão verdes essas uvas.
Verdes não servem pra nada!
que andava à toa e faminta,
ao passar por uma quinta,
viu no alto da parreira
um cacho de uvas maduras,
sumarentas e vermelhas.
Ah, se as pudesse tragar!
Mas lá naquelas alturas
não as podia alcançar.
Então falou despeitada:
__ Estão verdes essas uvas.
Verdes não servem pra nada!
Como não cabem quatro mãos em duas luvas,
há quem prefira desdenhar a lamentar.
há quem prefira desdenhar a lamentar.
LA FONTAINE, Jean de. Fábulas. il. Gustave Doré.
trad. Ferreira Gullar. 4. ed. Rio de Janeiro: Revan,
1999. p. 8.
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