25 Horas Nadando...


..., as quais, na verdade, resumiram-se a duas - com direito a 200M apenas...


Pois é; participei, pela primeira vez, do evento "25 Horas Nadando: para quem gosta, um dia é pouco", promovido pelo SESC e pela UnB e realizado neste sábado, 28/8. E apesar de ter realmente acontecido isto - 200M - a-do-rei!


Há mais de um mês eu vinha me preparando psicologicamente para participar do evento, mas, na hora H, quase desisti. Mas não foi medo ou covardia; é que, "coincidentemente", recebemos um novo hóspede no "Gatil Herol": um gatinho negro, com as pontinhas das patas traseiras brancas, apareceu lá. Fez charme para minha mãe e ganhou uma refeição; em seguida, deixou-se acariciar, mas, displicentemente, abandonou o recinto.


Mais tarde, no mesmo dia, a vizinha da Mãe chamou-a para recolher um dos nossos gatos que se abrigara em sua despensa. Como isso não era verdade - colocamos tela no quintal para evitar que os gatos saiam de lá e "perturbem" a paz alheia -, minha mãe me chamou e disse: "A vizinha quer saber se queremos ficar com 'aquele' gato. Ela pensou que fosse um dos nossos...".


Meu coração mole nem vacilou. Eu disse "Ok!" e lá fui buscá-lo.


Ele estava sob uma das prateleiras da despensa, deitado e assustado. Deixei que ele me cheirasse e permitisse a aproximação. Com um miado, ele disse: "Tudo bem, pode vir!". Peguei-o pelo couro do pescoço, pois não sabia como reagiria. Mas ele permaneceu dócil e mereceu o colo completo. O vizinho ainda quis vê-lo e recomendou-me que cuidasse dele, que o bichinho não merecia sofrer e tal. Já devidamente abraçada a ele, desejei boa tarde à vizinhança e saí apressada, pois temi sua reação ao sair de lá.


Miados de protesto e algumas unhadas no ombro, ele seguiu para sua nova morada.


Ao chegar em casa, então, disse a Fausto que talvez desistisse do evento para levar o novato ao exame veterinário - necessário nesses casos para proteger o novato e os "velhacos". Conversa vai, conversa vem; almoço vai; sono vai; decisão vem: vou. Não poderia deixar a galera na mão, depois de pilhar tanto para ir ao evento.


Últimos preparativos, o celular toca. Um dos colegas ligava para confirmar minha presença. "Sim, sim, já estou saindo. Chego já!". E lá fomos, Fausto na direção, eu na expectativa.


Reunimos o pessoal e seguimos pela Estrutural. Deixei a imaginação voar e o silêncio, quebrado apenas pelo som do Bone, prevaleceu durante a viagem (tensão: será que vou dar conta dos 50M diretão?!?!? Será que vou ter cãimbra?!?!? Será que chego viva lá????????).


Bom, ao chegarmos ao antigo DEFER (não adianta; não me lembro do atual nome do lugar...), após constatar o estado lamentável das instalações, dirigimo-nos à tenda de identificação, onde recebemos nossos números nos braços; retiramos as roupas e colocamos a touca ganha no ato da numeração.


Ficamos, então, em uma fila enorme, aumentada pela "fomiagem" de alguns, os quais nadavam 200M ao invés dos 100M solicitados pelo responsável pela raia. Após uns 40min, finalmente, chegou minha vez.


Lá fui eu. A água não estava gelada, como eu esperava. Estava ótima, mas a ansiedade e a fibromialgia me deixaram tensa e fiz o percurso mais lentamente do que esperava. Mas fiz. E só consegui nadar mais 100M com a ajuda de uma colega, que havia "reservado" lugar na fila para a "equipe"...


Nossa! Muito bom, adrenalida total! Posso ter contribuído muito pouco para a equipe do SESC Olímpico, mas foi uma vitória pessoal.


Agora, a vontade de treinar em uma piscina olímpica não abandona meus pensamentos...


Escolinha de Natação do "DEFER", aí vou eu!!!

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