Força de vontade

Fiquei duas semanas sem ir à aula de natação. E me sentia vazia e desolada... Nesta sexta-feira, então, me preparei para ir à aula "com gosto de gás", acontecesse o que fosse! Mas, para aproveitar bem o dia, planejei meu roteiro por horas durante a semana. Só não contava ficar sem o carro (depois conto a história).

Quando o despertador me trouxe de volta do além, demorei a tomar ciência de que o barulhinho gostoso vindo lá de fora era de chuva. Pra valer. Levantei-me, mesmo assim, resoluta e impávida.

Ao sair, devidamente paramentada e com a velha sombrinha de guerra, pensei no quanto amo nadar, porque só assim para entender que uma pessoa levanta cedinho em pleno sábado e atira-se à rua, sob chuva e rajadas de vento.

Caminhei firme, embora a barra da calça corsário já estivesse encharcada. O barato é que é feita de tactel, então, rapidamente, ela secaria.

Atingi meu primeiro objetivo - pagar as despesas com a clínica veterinária. Poucos passos após a clínica, a chuva intensificou-se e eu já não tinha como escolher onde pisar, uma vez que as ruas pareciam rios turbulentos. A certa altura, a ventania foi tão forte que interrompi minha marcha destemida. Alguns minutos depois, continuei a saga e estava quase chegando ao SESC.

Acreditem: eu estava com a calça praticamente ensopada, casaco respingado de chuva, blusa colada ao corpo de suor. Porém, estava radiante, porque eu havia cumprido meu planejamento por completo. E havia chegado a tempo de fazer a aula para matar a saudade da água...

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