Coisas da vida

Deixei Fausto em casa e dirigi-me ao trabalho.

No caminho, em uma das calçadas que dividem o Cruzeiro do Sudoeste, vinha um senhor apenas de short. Imediatamente, meu sorriso de escárnio brotou e pensei "Aff! Que coisa horrorosa!". Porém, simultaneamente, outro pensamento me ocorreu: "Horrorosa por quê???? Ele é que está alegre, barrigão à mostra e nenhum calor! E eu, além de vestida, metida no carro, abafada no calor desértico de Brasília!"

Pois é; se as pessoas se importassem um pouco menos com as outras e dessem uma chance para o "ridículo", a vida seria mais leve, mais agradável, mais natural.

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