Frustração
Tim Burton é meu cineasta preferido! Todas as obras que levam sua assinatura merecem meu respeito e admiração.
Assim, é claro que eu não poderia perder a estreia de Alice no País das Maravilhas. Eu, Thaís e Fausto marcamos, confiantes e ansiosos, de assistir à versão 3D no Embracine. O primeiro que chegasse correria à bilheteria e compraria os ingressos, escolhendo os melhores lugares.
Algum dentre vocês, ilustres leitores, deve ter crise de riso ao ler isto. E tem toda razão. A verdade é que achamos que, por não ser período de férias nem feriadão, teríamos esta facilidade toda. Não. Eu e Fausto estávamos terminando a saga do engarrafamento na EPIA, a poucos metros do shopping, quando Thaís telefonou e disse: "Nem precissa de pressa: esgotou!". Expressei minha descrença, mais por desabafo, pois era um fato; nada mudaria aquilo. Decidimos continuar parte do planejado e adentramos o estacionamento.
Não via Thaís há um bom tempo! Logo falei do cabelão que ela exibe agora. Depois dos cumprimentos e lamentos pelo fracasso de nossa empresa, combinamos de assistir a outro filme para não perdermos a viagem. Antes, porém, como de praxe, fomos aquietar nossos ruidosos estômagos.
Enquanto aguardávamos nossos petiscos, colocamos os assuntos em dia. Mas o tempo é sempre escasso; há tanto para falar e tão pouco espaço para isso...
Após fazermos a escolha do filme entre "o melhor de dois" (Fausto adora essa estratégia: cada um elencou dois filmes. O vencedor foi o mencionado por todos), dirigimo-nos à sala que exibia A estrada, com Viggo Mortensen no papel principal e classificado como suspense.
O primeiro impacto foi para Thaís e Fausto; eles esperavam ver um embate medieval, bem ao estilo Senhor dos Aneis. O segundo, foi para os três: aguardamos a solução do suspense, mas ficamos frustrados. Não que seja um filme ruim, pois abre veredas para considerações diversas. Mas também não empolga (embora eu tenha conseguido o enorme feito de não dormir durante a exibição!). Enfim: é um filme curioso; traz em seu bojo raias apocalípticas, mas com nuanças diferentes do falido 2012 e outros da mesma categoria.
O importante, porém, foi que, aprendendo a lição, adquirimos logo os ingressos para Alice. E a quarta-feira passou a ser esperada ansiosamente.
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