Lecionar...
Já estive nas fileiras do Magistério. Sim, isso mesmo; foram oito anos de sala de aula - a maior parte com Ensino Médio, outra com Ensino Superior.
Lembro-me de que, já nos últimos semestres na UnB, o panorama da educação brasileira não me animava muito. No entanto, o otimismo de meus mestres, o amor pela Literatura, o clima da universidade, tudo isso contribuiu para que eu enfrentasse o concurso para a Secretaria de Educação. E assim comecei minha saga, um semestre antes de me graduar (na época - aff! - isso era possível...).
Como eu jamais fui muito habilidosa com crianças e pré-adolescentes, adorei o fato de ser lotada em um centro educacional, ou seja, para trabalhar com Ensino Médio.
Acho que meu olhar tinha um brilho de entusiasmo e eu realmente me sentia apta a mudar o mundo... Preparava material com dedicação e preocupava-me em ser uma professora nota dez. Confesso que isso era bem complicado, pois as turmas que me foram entregues já estavam traumatizadas pela sucessão de professores e contratos temporários. Além disso, já estávamos no segundo semestre e é bem complicado pegar o bonde andando.
Porém, mesmo com alguma dificuldade de aceitação no início (os alunos adoram dizer que o/a professor/a fulano/a era ma-ra-vi-lho-so/a!!!), consegui conquistar meu espaço na escola e entre as turminhas.
Foi nesse mesmo colégio, a propósito, que me enamorei de um colega de serviço (e ele de mim, claro, hehehe) e passamos a namorar - chegamos até a noivar anos depois! O engraçado é que os estudantes não deixam escapar nadinha; logo perceberam e era uma zoada!
Pois é. Ao terminar aquele ano, como a vaga era temporária, fui lotada em outra escola.
Dois anos depois, precisei afastar-me da sala de aula para dedicar-me ao Mestrado. Gente, como sofri para que a Secretaria de Educação me liberasse!!! E sem remuneração, hein??? Consegui o afastamento no último ano da pós-graduação, mas valeu a pena. Terminei os créditos com tranquilidade e debrucei-me sobre a dissertação. Para constar, estudei os sete romances de Rachel de Queiroz sob a perspectiva de gênero (gender). Ah, que saudade da Academia! Excelentes tempos!
Tudo bem. O legal foi quando retornei à Secretaria de Educação. Acreditem ou não, eu, recém-mestre, fui enviada para uma escola classe!!! Eu tinha tantos projetos para o Ensino Médio já configurados em minha mente...
Então, nem choro, nem velas. Precisei enfrentar as quintas séries F, G e H... Preciso dizer que abandonei o barco?! Não consegui, gente, não deu...
Dali fui enviada para uma biblioteca de escola classe!!! Sem comentários... Até que gostei da experiência de bibliotecária, mas, fala sério!
E, como de praxe, como a vaga era temporária, fui enviada para um... CENTRO EDUCACIONAL! Até que enfim, retornava ao ambiente conhecido.
No ano seguinte, iniciei minha experiência no Ensino Superior. Deu frio na barriga, pois enfrentaria novamente a situação de substituir outro professor. Entretanto, em meio a dificuldades e êxitos, consegui ajustar-me ao ritmo e segui firme.
Apesar dos altos e baixos, esses oito anos renderam momentos inesquecíveis! Vez e outra bate uma saudadezinha - mas logo sacudo a poeira e dou a volta por cima!
Lembro-me de que, já nos últimos semestres na UnB, o panorama da educação brasileira não me animava muito. No entanto, o otimismo de meus mestres, o amor pela Literatura, o clima da universidade, tudo isso contribuiu para que eu enfrentasse o concurso para a Secretaria de Educação. E assim comecei minha saga, um semestre antes de me graduar (na época - aff! - isso era possível...).
Como eu jamais fui muito habilidosa com crianças e pré-adolescentes, adorei o fato de ser lotada em um centro educacional, ou seja, para trabalhar com Ensino Médio.
Acho que meu olhar tinha um brilho de entusiasmo e eu realmente me sentia apta a mudar o mundo... Preparava material com dedicação e preocupava-me em ser uma professora nota dez. Confesso que isso era bem complicado, pois as turmas que me foram entregues já estavam traumatizadas pela sucessão de professores e contratos temporários. Além disso, já estávamos no segundo semestre e é bem complicado pegar o bonde andando.
Porém, mesmo com alguma dificuldade de aceitação no início (os alunos adoram dizer que o/a professor/a fulano/a era ma-ra-vi-lho-so/a!!!), consegui conquistar meu espaço na escola e entre as turminhas.
Foi nesse mesmo colégio, a propósito, que me enamorei de um colega de serviço (e ele de mim, claro, hehehe) e passamos a namorar - chegamos até a noivar anos depois! O engraçado é que os estudantes não deixam escapar nadinha; logo perceberam e era uma zoada!
Pois é. Ao terminar aquele ano, como a vaga era temporária, fui lotada em outra escola.
Dois anos depois, precisei afastar-me da sala de aula para dedicar-me ao Mestrado. Gente, como sofri para que a Secretaria de Educação me liberasse!!! E sem remuneração, hein??? Consegui o afastamento no último ano da pós-graduação, mas valeu a pena. Terminei os créditos com tranquilidade e debrucei-me sobre a dissertação. Para constar, estudei os sete romances de Rachel de Queiroz sob a perspectiva de gênero (gender). Ah, que saudade da Academia! Excelentes tempos!
Tudo bem. O legal foi quando retornei à Secretaria de Educação. Acreditem ou não, eu, recém-mestre, fui enviada para uma escola classe!!! Eu tinha tantos projetos para o Ensino Médio já configurados em minha mente...
Então, nem choro, nem velas. Precisei enfrentar as quintas séries F, G e H... Preciso dizer que abandonei o barco?! Não consegui, gente, não deu...
Dali fui enviada para uma biblioteca de escola classe!!! Sem comentários... Até que gostei da experiência de bibliotecária, mas, fala sério!
E, como de praxe, como a vaga era temporária, fui enviada para um... CENTRO EDUCACIONAL! Até que enfim, retornava ao ambiente conhecido.
No ano seguinte, iniciei minha experiência no Ensino Superior. Deu frio na barriga, pois enfrentaria novamente a situação de substituir outro professor. Entretanto, em meio a dificuldades e êxitos, consegui ajustar-me ao ritmo e segui firme.
Apesar dos altos e baixos, esses oito anos renderam momentos inesquecíveis! Vez e outra bate uma saudadezinha - mas logo sacudo a poeira e dou a volta por cima!
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