Homo sapiens
As pessoas me surpreendem, sobretudo para o mal. Porém, às vezes, alguém se salva.
Por exemplo, um dia havia um ser humano entregando agasalhos e (acho) alimentos para os sem-teto que dormem na calçada ao lado da rodoviária, antes da entrada para o Setor Bancário Norte.
Sempre que passo por ali me sinto mal por ver aquelas pessoas. Porque estão ali, sem nada; porque ficam expostas a tudo. Principalmente quando é alguém de mais idade. Ponho-me a imaginar como foi aquela pessoa na juventude; o que sonhou, o que realizou, por que está ali naquela situação. Sem dúvida, levar agasalhos, marmitas, até algum dinheiro ajuda. No entanto, é um auxílio efêmero, pois atende a uma necessidade imediata. E na hora seguinte? E no outro dia?
O Governo luta para alterar o sistema de previdência social, focando os argumentos na contribuição de cada trabalhador ativo. Porém, há recursos da seguridade e assistência social, também nesta rubrica, que - acredito - deveriam atender a situações como esta. Sabemos, todavia, que a corrupção, com desvios de verbas e destinações destas, assassina o que de bom pode haver nessas providências. Difícil ver uma mudança efetiva sem uma verdadeira revolução ético-político-social neste país...
Pois é. Há essas pessoas que buscam atuar onde o Estado falha. E há outras que são absolutamente bizarras em suas atitudes.
Por exemplo, outro dia, eu e Fausto saindo de um mercado, vimos um carro que se demorava diante da cancela. A pessoa segurava o ticket de maneira estranha, esfregando-o em frente ao aparelho e nada. Murmurava praguejamentos (suponho) e continuava na função. Até que decidiu avançar o carro. Achei que fosse quebrar a cancela e fugir, talvez até fazendo um cavalinho de pau. Mas não; a jovem senhora saiu do carro e tentou levantar a cancela no braço. Tilt! Não deu. Praguejando, retornou ao carro e retornou - tudo indica que para ir ao mercado reclamar sobre o caso.
Nós, os próximos a enfrentar o demônio da cancela, avançamos um tanto receosos - não da cancela, mas da estranha figura antes ali. Porém - surpresa! - o aparelho leu o ticket e levantou, diligente, a cancela. Passamos e seguimos adiante.
Gente é bicho esquisito mesmo...
Por exemplo, um dia havia um ser humano entregando agasalhos e (acho) alimentos para os sem-teto que dormem na calçada ao lado da rodoviária, antes da entrada para o Setor Bancário Norte.
Sempre que passo por ali me sinto mal por ver aquelas pessoas. Porque estão ali, sem nada; porque ficam expostas a tudo. Principalmente quando é alguém de mais idade. Ponho-me a imaginar como foi aquela pessoa na juventude; o que sonhou, o que realizou, por que está ali naquela situação. Sem dúvida, levar agasalhos, marmitas, até algum dinheiro ajuda. No entanto, é um auxílio efêmero, pois atende a uma necessidade imediata. E na hora seguinte? E no outro dia?
O Governo luta para alterar o sistema de previdência social, focando os argumentos na contribuição de cada trabalhador ativo. Porém, há recursos da seguridade e assistência social, também nesta rubrica, que - acredito - deveriam atender a situações como esta. Sabemos, todavia, que a corrupção, com desvios de verbas e destinações destas, assassina o que de bom pode haver nessas providências. Difícil ver uma mudança efetiva sem uma verdadeira revolução ético-político-social neste país...
Pois é. Há essas pessoas que buscam atuar onde o Estado falha. E há outras que são absolutamente bizarras em suas atitudes.
Por exemplo, outro dia, eu e Fausto saindo de um mercado, vimos um carro que se demorava diante da cancela. A pessoa segurava o ticket de maneira estranha, esfregando-o em frente ao aparelho e nada. Murmurava praguejamentos (suponho) e continuava na função. Até que decidiu avançar o carro. Achei que fosse quebrar a cancela e fugir, talvez até fazendo um cavalinho de pau. Mas não; a jovem senhora saiu do carro e tentou levantar a cancela no braço. Tilt! Não deu. Praguejando, retornou ao carro e retornou - tudo indica que para ir ao mercado reclamar sobre o caso.
Nós, os próximos a enfrentar o demônio da cancela, avançamos um tanto receosos - não da cancela, mas da estranha figura antes ali. Porém - surpresa! - o aparelho leu o ticket e levantou, diligente, a cancela. Passamos e seguimos adiante.
Gente é bicho esquisito mesmo...
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