Balanço

Contrastando com a suavidade da saga Twilight, meu coração anuvia-se no balanço do ano.

2011 me tirou cinco dos meus amados gatos: Ty, Xexéu, Tupã, Ísis e Negresca partiram para o panteão de onde haviam descido para iluminar minha vida.

Os quatro primeiros foram ceifados por doenças traiçoeiras. Negresca, minha Kaka, partiu após queridos dezesseis anos conosco.

O que mais nos marcou foi que ela teve apenas um companheiro em toda sua longa vida - o Pixiquito, meu primeiro gatinho. Pode parecer banal, mas o curioso é que ele desapareceu dois anos após constituir família com a Kaka; e, desde então, ela jamais teve outro "marido".

Nos últimos anos, foi a fiel e querida companheira de meu pai - tão idoso quanto ela. Sua partida tem sido inaceitável para ele.

Ao final, cada um dos meus amados que partiram, como diz Chicó, no esplêndido Auto da Compadecida,  

Cumpriu sua sentença e encontrou-se com o único mal irremediável, aquilo que é a marca de nosso estranho destino sobre a terra, aquele fato sem explicação que iguala tudo o que é vivo num só rebanho de condenados, porque tudo o que é vivo morre.


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