Resgate
Hoje estive no Riacho Fundo para tentar resgatar uma família de gatos.
Na cabeça, o plano traçado, moleza. Ao chegar e ver o local em que os bichanos estavam, bateu o pânico: trata-se de uma "ex-casa de cachorro". Isso mesmo, porque, no momento, é um verdadeiro depósito de entulho da dona da casa!
Havia tanta tralha no caminho que meu ânimo sumiu. Pensei em deixar para o outro final de semana, esperando que, durante esses dias, o lugar fosse, ao menos, minimamente organizado. Mas depois percebi que, se já estava ali, era melhor tentar.
Eu imaginava que os gatos não fossem dóceis, pois (felizmente...) não têm contato com as pessoas; vivem arredios no fundo do tal depósito. Porém, ao começar a remover os entulhos, os maiores começaram a rosnar e esconderam-se atrás de um armário que fica no fundo. Murchei. Ainda assim, continuamos (ah, claro! não posso deixar de registrar que Fausto estava lá, firme e forte ao meu lado; só tenho a agradecer tanta generosidade, mon petit...).
Com o casacão do Fausto e luvas de pedreiro, cheguei o mais próximo possível da primeira dupla. E tomei o primeiro olé! Os dois pularam, passando por mim, e conseguiram furar a vigilância do Fausto.
Continuei, mas foi o bastante para levar outro olé e perder mais dois deles! Um dos filhotes estava fora do cubículo, todavia isso somente foi detectado quando ele deu um pinote e seguiu disparado para a casa ao lado.
Finalmente, consegui agarrar um pequeno, preto e branco, que se debateu, esperneou e mordeu minhas mãos (santas luvas...). Num movimento certeiro, coloquei-o no transporte que Fausto aproximou da porta.
Frustrada, mas satisfeita por ter conseguido arrebatar este molequinho, contemplei-o, assustado, pelas frestas do transporte. Combinei alguma estratégia com minha colega para que, talvez, ela consiga resgatar mais algum com a "gatoeira" que emprestaram para ela.
Agora, a semana segue com a expectativa de que a gataiada retorne ao cubículo e possa ser retirada dali o mais brevemente possível. Ufa!
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