Ciclo sem fim


É interessante como a chegada de um novo ano nos deixa (pelo menos a maioria) com um friozinho na barriga, olhos arregalados, esperando as novidades que chegam. Sim, porque, de fato, o tempo é um contínuo; sabemos bem que esta divisão em doze meses é mera convenção.

No entanto, ainda assim, ficamos taquicárdicos nos segundos finais do dia final do ano: champanhe em punho, fogos posicionados, grito engasgado e, finalmente, a explosão!

Abraços, votos, beijos, esbarrões, gritos, toda a algazarra acontece uma vez mais. E tecemos pensamentos positivos, elencamos nossas listas de compromissos, de metas a atingir no novo ano. Como se, realmente, renascêssemos.

E embora ocorra tamanha mobilização, esse ressurgimento não parte do nada, obviamente. As lacerações de nossa alma e de nosso corpo permanecem, latejantes, doloridas, inflamadas... ao longo de todo o ano novo.

Talvez seja isso mesmo o motor de tanta excitação a cada virada de ano. A esperança de que nossas dores e decepções vão deixar de existir... Isso não acontece, mas encontramos fôlego para continuar a dura jornada.

E no final daquele ano, novamente fazemos um balanço e vemos que, da imensa lista que tecêramos em seu início, não cumprimos nem metade... Sentimos as dores... E tornamos a planejar!

Haja champanhe!

Que 2009 seja mais fantástico do que possamos supor em nossa vã filosofia!!!

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