Andanças
Com o trânsito cada vez mais louco das grandes cidades, bem como nossa consequente rotina alucinante, precisamos dispor bem do tempo que temos.
Uma de minhas providências foi adotar as viagens de metrô alguns dias na semana. Além da economia de combustível, consegui voltar a ler, faço caminhadinhas entre a rodoviária e meu trabalho e tenho oportunidade de olhar o céu, as árvores balançando ao vento, a chuva nas poças deixadas por torrentes anteriores. E pensar.
Embora, esta última atividade, acredito, precisasse ser podada... Pensando bem, não é que penso demais; na verdade, tenho mais devaneios que raciocínios intrincados. Salvo quando algo realmente está me incomodando. Porém, neste caso, aproveito a os momentos para descobrir meios de resolver as coisas, incluindo maquinações homicidas...
Atualmente, por exemplo, leio Le Misanthrope, de Molière. En français, mes chèrs amis. Creio firmemente que um dia, at last!, eu realizarei o sonho de estar em Paris. Então não poupo esforços e dedicação nos estudos: leio, ouço, faço exercícios de texto e gramática, assisto a filmes. Meu novo front é a leitura de textos clássicos no original francês. Et voilà!
Durante as caminhadas da rodoviária para o serviço e vice-versa, incluindo a breve estada no local e mesmo no metrô, vários episódios curiosos ocorrem. Pena que não os registro todos; e a memória já não é mais a mesma...
Bom, uma das coisas que motivaram esse post foi um restaurante. É que quando chego à quadra em que trabalho, passo por um dos restaurantes da região e sempre está na hora dos preparos do almoço. Os exaustores sopram os vapores da cozinha, me trazendo à lembrança a animação A viagem de Chiriro.
A propósito, amo animações! E as japonesas em especial, pois os filmes, aff! são difíceis de aguentar. Um ou outro é suportável (confesso que não sou cinéfila de carteirinha, então minha experiência nesse aspecto foi limitada a filmes de lutas marciais). Mas desenhos, adoro! Ponyo e Castelo Animado são outros que indico vivamente.
Então: os vapores com aromas dos pratos do dia me fazem lembrar das atividades noturnas que Chiriro presencia em sua viagem insólita. Fico com vontade de yakisoba, guiozá e outras guloseimas orientais.
E sigo para o serviço pensando que preciso trazer o DVD para assistir à animação em algum momento de relax.
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