Mr. Hublot
Adoro curta
metragem. Se for animação, então, nem se fala!
Nesse ano,
ao ver a lista dos ganhadores do Oscar, vi um certo Mr. Hublot. Quando notei que havia um dedinho francês ali, vocês
sabem, tive comichão para assisti-lo rapidamente. E assim foi.
Trata-se de
um homem solitário, cheio de manias e TOC, que assiste ao movimento da cidade,
cautelosamente, pela janela de sua casa. Um dia, no entanto, tudo muda.
Mr. Hublot
recolhia as flores de sua varanda quando ouviu um latido. Ao afiar a vista,
percebe que se trata de um filhote de cachorro robô, solitário e ignorado pelos
transeuntes que passam apressados, acuado dentro de uma caixa de papelão. A
calçada tem estreita fronteira com a movimentada rua.
Nos dias
seguintes, o frenético homem continua a observar o cãozinho. Até que, em certo
momento, ouve o barulho de um caminhão de lixo e o latido insistente do bicho.
Da varanda, vê, horrorizado, a caixa de papelão do cachorro sendo erguida para
o caminhão. Quebrando todas suas meticulosas atitudes, desce correndo até a
via, mas somente a tempo de constatar que o caminhão se afastava. Atordoado,
desconsolado, fica parado no meio da rua.
De repente,
o cachorrinho aparece entre os carros, caminha até Mr. Hublot e senta ao seu
lado. O homem não cabe em si de contentamento e o pega no colo. Ali se inicia, de fato, esta
breve, mas intensa, história.
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