Preguiça?
Não tenho tido tempo de visitar meu próprio blog... Penso comigo: trabalho mesmo ou preguiça mental?
Pois é, dilema.
O fato é que, normalmente, chego tão tarde em casa, seja cumprindo atividades cotidianas, seja chegando de um happy hour, que não me animo de ligar o computador e postar. Vivo dizendo para mim mesma que esse negócio de culpar o tempo, dizendo que ele está mais curto ou mais rápido a cada dia é apenas uma desculpa para minha falta de administração de tarefas.
Sim, preciso trabalhar. Sim, preciso malhar. Sim, preciso viver. Sim, viver exclui os anteriores, pois, para mim, aqueles são obrigações mundanas, coerções que precisamos enfrentar para conseguir o mínimo de condições para continuar a jornada neste mundo. É, exatamente: para evitar isso, eu precisaria adotar o jeito hippie de viver. Mas realmente não tenho toda essa disposição, confesso.
Não ter pouso certo; precisar comer o que encontrar; não ter abrigo.
Minha vidinha citadina e modernosa, desde que nasci, não me deu instrumentos para isto. Não, não.
Então, a solução é enfrentar o fato de que é preciso administrar melhor o tempo. Simples e fundamental. E essencial. Não dá para continuar vivendo em sanidade sem isso.
Bom e... precisamos mesmo de sanidade? O que é ser louco?
Neste final de semana de abertura de carnaval, eu e Fausto os hospedamos em um grande hotel de Brasília para curtirmos um ao outro e mudar de ares. Fomos ao Museu da República (mais conhecido como "Forno de Pizza") e passeamos languidamente por entre pinturas, desenhos, fotos, rabiscos e objetos produzidos por ou sobre pintores que se destacaram justamente por viverem à margem da sociedade. Loucos. Esquizofrênicos. Surtados.
Ao contemplar aqueles trabalhos, confesso que me arrependi de não ter guardado os rabiscos que já fiz enquanto conversava ao telefone ou ficava de corpo presente em uma (maldita) reunião de trabalho... Acho que agora estaria vivendo em uma linda mansão no Lago Sul, cercada pelo quádruplo de gatos que me acompanham no momento... Ah, sim, isso é um devaneio e tanto!
Pois então, seja como for, ainda estamos em tempo de planos para o ano que mal iniciou. Além do eterno plano de alcançar a forma plena, acrescento este de administrar melhor meus preciosos minutos nesta terra. Allez-y!
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