Final de ciclo
Ano a ano, enfrentamos as mesmas etapas.
Dezembro é o auge do preparo para as festas natalinas, as quais, em sua maioria, ignoram o Homenageado e investem firmemente em presentes e comilanças. Haja confraternizações, aff!!! Confesso que não gosto desses encontros; muitas vezes, durante todo o ano ninguém se fala – ou mal se fala –, as críticas infundadas e a inveja grassam livremente. E, de repente, todos querem confraternizar! Não dá, gente, não dá... Sinto-me, sempre, um Grinch nessa época.
Neste ano, para exacerbar ainda mais a fértil imaginação dos terráqueos, há o fantasma do fim do mundo maia. Sabe, fico tão mais desiludida com o ser humano nessas ocasiões!... Putz, é muita ignorância crer que o mundo vai acabar. É tão simples: vai terminar uma etapa da evolução neste mundo. Como outras tiveram final. Ninguém percebe que o mundo acaba quando permanece a violência contra animais, crianças e idosos? Isso, sim, deveria mobilizar a inteligência – faculdade exclusiva – de tanta gente que teme o próximo dia 21/12/12.
Bom, janeiro é um paradão em Brasília, pois alunos, professores e pais tiram férias. O trânsito fica sublime e é um prazer tirar o carro da garagem! Bom, quando chove não é tão legal, pois as inundações, após a conquista do Sudeste, partiu firme para o DF – e ficamos ilhados, molhados e enlameados. O réveillon, na verdade, é comemorado em ritmo de samba, já anunciando o carnaval. E muitos já chegam das férias clamando pela festa da carne, comprando fantasias e passagens para o Nordeste. E em plena quarta-feira de cinzas, há pessoas comprando ovos de Páscoa.
And so on. O ciclo sem fim.
E muitos ainda acreditam que a vida humana é uma só, com passagem única para céu ou inferno. Bem que o mundo podia terminar, mesmo, para esses ignaros aí...
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